O paracetamol, presente em quase toda casa, é uma das principais causas de falência hepática por medicamentos no mundo. Descubra como tomar com segurança, evitar intoxicação e proteger seu fígado.
O paracetamol é um dos analgésicos e antitérmicos mais utilizados no Brasil, mas também é a principal causa de hepatite fulminante induzida por medicamentos no mundo. Apesar de ser vendido sem receita, ele pode causar danos graves ao fígado quando usado em excesso ou combinado com outras substâncias hepatotóxicas, como o álcool. O paracetamol age reduzindo a produção de prostaglandinas, moléculas responsáveis por causar febre, dor e inflamação. Essa ação ocorre no sistema nervoso central, o que explica seu efeito eficaz em diversas situações — de dor de cabeça a cirurgias. No entanto, ao ser metabolizado, cerca de 5% do paracetamol é transformado em uma substância tóxica chamada NAPQI, que pode destruir as células do fígado se não for neutralizada pela glutationa. O problema é que, em doses acima de 4g por dia (ou 8 comprimidos de 500mg), o organismo não consegue produzir glutationa suficiente, aumentando o risco de intoxicação hepática. Os primeiros sintomas incluem náusea, vômito, fraqueza e pele amarelada. Em casos graves, o quadro pode evoluir para coma ou até morte. A boa notícia é que, se usado corretamente, o paracetamol é seguro. O segredo está na dose, na frequência e na atenção à bula. Muitos medicamentos para dor e gripe, como Doril, Cimegripe e Naldecon, contêm paracetamol “escondido”, aumentando o risco de ultrapassar o limite sem perceber. Por isso, é essencial verificar o princípio ativo na embalagem e consultar um médico ou farmacêutico se você já faz uso de outros remédios. O mais importante é lembrar que medicamentos de venda livre também têm riscos — e informação é o melhor remédio para evitá-los.
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