Uma injeção revolucionária contra o HIV foi aprovada em 2025. Descubra como ela funciona, por que é chamada de “quase vacina” e quando pode chegar ao Brasil.

A medicina deu um passo histórico com a aprovação, nos Estados Unidos, de uma injeção preventiva contra o HIV que promete revolucionar o combate à AIDS. Embora não seja tecnicamente uma vacina, o Lenacapavir é o primeiro tratamento capaz de oferecer proteção por até 6 meses com uma única dose, bloqueando a infecção antes que o vírus se estabeleça no organismo. Ao invés de estimular a memória imunológica, como vacinas tradicionais, o composto age diretamente na estrutura do capsídeo viral, impedindo a multiplicação do HIV mesmo após o contato. Os testes clínicos mostraram eficácia superior a 96%, superando os métodos atuais como a Prep e a Pep, que dependem do uso rigoroso e contínuo de comprimidos. O avanço representa uma enorme esperança para grupos mais vulneráveis e para a erradicação da doença. No entanto, o alto custo do tratamento — cerca de R$ 200 mil por ano por pessoa — levanta desafios para a implementação em larga escala, especialmente em países de renda média como o Brasil. Mesmo assim, a expectativa é que versões mais acessíveis ou alternativas injetáveis com aplicação bimestral possam ser incorporadas ao SUS nos próximos anos. A chegada desse novo protocolo marca uma nova era na prevenção ao HIV, trazendo a possibilidade real de frear a transmissão global do vírus.

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