Você já se pegou dizendo que precisava de mais horas no dia? A sensação de que o tempo escorre pelos dedos não é uma exclusividade sua — e não se resolve apenas com a ideia de “acordar mais cedo”. A verdade é que todos nós temos 168 horas por semana, mas o modo como usamos (ou desperdiçamos) essas horas define tudo. De acordo com dados do American Time Use Survey, a maior parte do nosso tempo vai embora com atividades inevitáveis como dormir, trabalhar, comer, se deslocar e cuidar da casa. E mesmo sem filhos, estudos indicam que só de redes sociais e telas usamos, em média, 28 horas por semana. Não sobra tempo porque simplesmente não dá tempo de fazer tudo. O problema não está em você, mas na ilusão de que é possível alcançar uma produtividade perfeita. A cobrança constante gera frustração, prejudica a saúde mental e alimenta ciclos de procrastinação e exaustão. A saída? Aplicar dois princípios fundamentais: o primeiro é aceitar que produtividade total é impossível, e que é preciso escolher suas batalhas. O segundo é entender que constância não é foco o tempo todo, mas a capacidade de retomar o foco após as inevitáveis distrações da vida. Além disso, é possível criar mais tempo reorganizando tarefas, concentrando atividades, reconhecendo o que te faz perder horas preciosas e até aprendendo a comprar tempo com ajuda externa quando possível. Ferramentas como agendas, planilhas, inteligência artificial e automação de tarefas também ajudam a transformar esforço em resultado. O mais importante é parar de romantizar a superação contínua e aprender a gerenciar energia, não só tempo. Com esse novo olhar, é possível viver com mais leveza, realizar o que importa e ainda curtir o processo. E como o criador do Olá Ciência mostra, com apoio da neurociência e planejamento estratégico, dá sim para conciliar múltiplas funções e ainda sobrar tempo para si. A chave não é fazer mais, é fazer melhor.