Como comparar dois sistemas de saúde tão diferentes quanto o SUS e o modelo americano? Será que o acesso e o custo fazem do sistema brasileiro uma proteção mais eficaz para a população?
A comparação entre o SUS e o sistema de saúde dos Estados Unidos revela contrastes marcantes ligados ao acesso, aos custos e ao papel do governo na oferta de cuidados. Enquanto o Brasil mantém um modelo universal, financiado por impostos e capaz de atender qualquer pessoa sem cobrança direta, o sistema americano depende majoritariamente de planos privados, co-participações elevadas e preços regulados de forma limitada. Esse cenário faz com que despesas médicas gerem endividamento generalizado, mesmo entre pessoas com seguro, refletindo um mercado altamente concentrado e pouco competitivo. Já no Brasil, entidades regulatórias como a ANS e a CMED ajudam a conter abusos e garantem maior previsibilidade de gastos, embora ainda existam desafios como filas e infraestrutura insuficiente. No fim, entender essas diferenças mostra como decisões políticas, econômicas e estruturais moldam a experiência do cidadão e influenciam a capacidade de acesso a cuidados realmente essenciais, seguros, justos e dignos.