A indústria do cigarro usa tecnologia para tornar o vício mais eficaz. Entenda como sabores, aditivos e cápsulas aromáticas atraem novos fumantes.

O cigarro moderno é resultado de um processo tecnológico sofisticado, desenvolvido para potencializar o vício e mascarar os efeitos nocivos da nicotina. A adição de substâncias como amônia, mentol e cápsulas de sabores como baunilha e caramelo tornam a experiência mais agradável e viciante, especialmente para o público jovem. Embora a Anvisa tenha criado uma resolução em 2012 para proibir os aditivos de sabor, pressões judiciais e políticas impediram sua aplicação até hoje. Estudos mostram que cigarros saborizados facilitam a iniciação precoce no tabagismo e dificultam o abandono. Enquanto o Brasil contabiliza mais de 170 mil mortes anuais relacionadas ao fumo, a indústria continua lançando produtos com embalagens atraentes e sabores artificiais que mascaram os riscos reais. Para combater esse cenário, é urgente aplicar políticas públicas efetivas e promover campanhas educativas que esclareçam a população, principalmente os jovens, sobre os perigos dos produtos derivados do tabaco.

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