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Sífilis: a doença oculta com potencial de se espalhar a qualquer momento

A sífilis evolui nas fases primária, secundária e terciária que podem aparecer de forma mais óbvia ou sutil na pessoa infectada.

Micrografia de Treponema pallidum.
Créditos: Centers for Disease Control and Prevention (CDC)

Ferida inicial da sífilis. Créditos: CDC

Acontece de 10 a 90 dias depois da transmissão, aparece uma ou mais feridas firmes, redondas, que não coçam e não doem. Estas primeiras feridas são discretas e geralmente aparecem nos genitais, mãos e boca, indicando o provável local por onde a bactéria entrou no corpo.

As primeiras feridas desaparecem sozinhas em algumas semanas.

Pode começar logo depois que as primeiras feridas desaparecem ou até mesmo antes. A principal característica da segunda fase da sífilis são feridas ou manchas vermelho-amarronzadas, em uma ou várias partes do corpo, incluindo genitais, costas, tronco e outras regiões.

  • febre;
  • dor de garganta;
  • dor no corpo;
  • perda de peso repentina e sem explicação avançada;
  • fadiga.

Feridas e cicatrizes na fase terciária. Créditos: Wellcome Library.

Nesta fase, a sífilis não é contagiosa, mas é a mais perigosa. A doença se espalha pelo corpo ao longo de 10 a 30 anos, deixando feridas e cicatrizes de formas variadas.

A sífilis também afeta órgãos internos, gerando risco de sequelas e até morte.

30% das pessoas não tratadas chegam a esta fase. Os sintomas variam dependendo de qual órgão foi afetado.



Em qualquer fase da doença, a bactéria causadora da sífilis pode danificar o sistema nervoso e causar sintomas como:

  • dor de cabeça;
  • perda parcial ou completa da audição;
  • dificuldade para se movimentar;
  • tontura e falta de equilíbrio;
  • alterações de humor;
  • dor e vermelhidão nos olhos;
  • problemas de visão.

A sífilis terciária é raríssima hoje em dia. A maior parte das informações que temos sobre os perigos dessa doença veio de um experimento criminoso e antiético conhecido como o Estudo da sífilis não tratada de Tuskegee.

Cientistas dos Estados Unidos recrutaram homens negros com sífilis que supostamente receberiam atendimento médico. Mas ao invés disso, eles apenas registraram como a saúde daqueles homens se deteriorou ao longo dos anos, sem oferecer qualquer tipo de tratamento.

Você encontra a história completa aqui.



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