Entenda como a doença afeta gradualmente a qualidade de vida e quais são as estratégias de prevenção.
Por Bruna T. Maria, biomédica e mestra em Biologia Celular
3% das pessoas com 65 anos ou mais têm Alzheimer. Saber identificar o Alzheimer o quanto antes é o primeiro passo para manter sua qualidade de vida durante a velhice.
O que causa o Alzheimer
A ciência ainda não descobriu uma causa definitiva para o Alzheimer. Trata-se de uma doença influenciada por fatores que aumentam o risco de danos cerebrais. Os principais fatores de risco são:
- idade avançada → a partir dos 65 anos, o Alzheimer se torna cada vez mais comum com o envelhecimento;
- casos de Alzheimer na família → ter pais, avós e irmãos com Alzheimer indica possível predisposição genética à doença;
- uso de cigarro;
- doenças cardiovasculares, como diabetes, hipertensão e colesterol alto
Sintomas mais comuns
O Alzheimer é a principal causa de demência em pessoas idosas. Os sinais iniciais geralmente estão ligados à perda de memória recente. A pessoa pode:
- esquecer de compromissos, como aniversários e consultas médicas;
- repetir a mesma frase várias vezes;
- perder objetos pessoais, como celular e chaves, com frequência.
A doença avança lentamente com a perda de habilidades mentais ao longo dos anos. Os sintomas mais frequentes são:
- dificuldade de raciocínio;
- dificuldade ao falar e escrever;
- incapacidade de reconhecer pessoas, objetos e lugares;
- imprudência nas decisões → exemplo: gastar mais dinheiro do que deveria;
- episódios de alterações de humor, agitação e agressividade.
Alzheimer tem cura?
Infelizmente, o Alzheimer é incurável. A família e cuidadores precisam estar cientes disso e tomar medidas que deixem a pessoa o mais segura e confortável possível.
Se você tem um familiar que convive com o Alzheimer, as dicas a seguir podem ajudar:
- a pessoa com Alzheimer deve estar sempre acompanhada;
- os ambientes da casa devem ser bem iluminados e equipados com grandes relógios digitais e calendários para ajudar a pessoa a se localizar;
- a pessoa com Alzheimer pode se beneficiar de um acompanhamento psicológico que a ajude a delinear suas prioridades de vida e lidar com a progressão da doença;
- enfermeiros, assistentes sociais e médicos podem orientar sobre como facilitar o convívio e como proceder em situações de emergência e estresse.
Existem alguns medicamentos capazes de desacelerar a perda de habilidades mentais, como a memória, e melhorar a qualidade de vida. Consulte seu médico.
Como se proteger
Para prevenir o Alzheimer e desacelerar o seu avanço, pratique atividades que estimulam a mente, incluindo estudos, leitura, jogos mentais e até relacionamentos saudáveis com amigos e família.
Você também pode adotar medidas que previnem doenças crônicas em geral, como:
- evitar o cigarro;
- evitar bebidas alcoólicas;
- buscar uma alimentação balanceada rica em vegetais e com o mínimo possível de produtos ultraprocessados, como refrigerantes e salgadinhos;
- praticar algum exercício físico regularmente.
Anota aí…
Alguns estudos viram que o Alzheimer é menos frequente em pessoas com maior escolaridade, incluindo as que estudaram outras línguas. A explicação para isso é que os estudos fortalecem as conexões entre neurônios e criam conexões novas, o que gera uma reserva de conexões que “compensam” os danos neuronais que apareceriam na velhice.
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